segunda-feira, 22 de março de 2010

MAIS UM ABSURDO DO GOVERNO LULISTA: LULA DIZ: "Visitem o Rio, mas não se embrenhem por onde não conhecem"

Fortaleza - CE, 22 de março de 2010.

Edição nº 95

O Estado brasileiro definitivamente se entregou para a violência, pois não consegue conter a marginalidade e as mortes diárias, as desigualdades sociais e raciais, não faz a reforma agrária, não realiza a divisão das riquezas, e agora, confirma em alto e bom som na ONU que há perigos em todas as partes do Brasil, em especial no Rio de Janeiro naqueles locais que "desconhecemos", ou seja, nas favelas onde estranhos pagam para entrar e a polícia é metralhada todos os dias.

Para onde iremos agora?

Infelizmente caminhamos para uma situação cada vez pior, pois o povo quanto mais sofre, mais passa fome, mais demora desempregado, e tem seus entes queridos assassinados, roubados e furtados, mais abraça aqueles que os abandonaram e que os venderam por trinta-vale-ou-bolsa-qualquer-coisa.


Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br


REPORTAGEM-PROVA:

Lula: Visitem o Rio, mas não se embrenhem por onde não conhecem

Publicada em 22/03/2010 às 15h53m

Cassio Bruno

Lula na abertura do Fórum Urbano da ONU. Foto de Gabriel de  Paiva

RIO - Em discurso durante o fórum organizado pelas Nações Unidas sobre gestão das cidades, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira, que os grandes centros urbanos brasileiros apresentaram melhorias nas questões de moradia e saneamento, mas alertou os participantes para os riscos do Rio de Janeiro, onde ocorre o encontro.

- Quero desejar a todos vocês um extraordinário encontro, que discutam e, por favor, visitem o Rio de Janeiro. De vez em quando vocês leem que morreu alguém no Rio de Janeiro. Obviamente que nós não negamos que há violência no Rio de Janeiro. Mas este estado e esta cidade são estado e cidade que têm um povo extraordinário, possivelmente o mais alegre do Brasil, possivelmente o mais cortês do Brasil - disse Lula, para, em seguida, advertir: - Agora, não se embrenhem por lugares que vocês não conhecem. Transitem como cidadãos normais, que vocês vão perceber que nada vai acontecer a nenhum de vocês, a não ser conhecer as melhores praias, a gente mais bonita e a paisagem mais extraordinária que os olhos de vocês vão poder ver. Um abraço e boa sorte.

" Agora, não se embrenhem por lugares que vocês não conhecem. Transitem como cidadãos normais, que vocês vão perceber que nada vai acontecer a nenhum de vocês "

O presidente chegou ao Fórum Urbano Mundial 5 (FUM5), na Zona Portuária do Rio, acompanhado da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB), do vice-governador Luiz Fernando Pezão, e dos ministros Marcio Fortes (Cidades), Carlos Lupi (Trabalho) e Celso Amorim (Relações Exteriores).

Veja as fotos dos dois fóruns sobre Urbanismo que acontecem simultaneamente no Rio

Como as apresentações anteriores foram demoradas, o presidente Lula dispensou o discurso pronto e falou de improviso. Ele destacou os investimentos que o governo federal vem fazendo nas áreas de habitação e saneamento. Afirmou que a política urbana de sua administração procurou "projetar cidades com melhor qualidade de vida" e "fazer reparações aos desmandos deixados pelos administradores do século XX".

Ainda no seu pronunciamento, Lula pediu que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), mostrasse aos visitantes as melhorias urbanas:

- Eduardo Paes, eu quero que você tenha uma estrutura para mostrar a estas pessoas o que está acontecendo nas favelas do Rio e em outros lugares do Brasil - disse Lula, emendando que os visitantes poderiam ir a qualquer capital do país ver "investimos em políticas urbanas, saneamento básico e habitação como nunca antes neste país".

- Podem visitar, de carro e ônibus, a Baixada Fluminense, o ABC Paulista. Pode escolher qualquer capital, qualquer cidade - afirmou Lula, que voltou a criticar gestões anteriores.

- Porque houve um tempo que não era prudente fazer investimentos para resolver problemas de grandes cidades. Saneamento básico, nem pensar - afirmou o presidente, lembrando que ao colocar tubos debaixo da terra para tratar esgoto não se podia pôr o nome da mãe, da avó", numa referência a homenagens e a propaganda política. - Só se construíam viadutos e pontes.

Ainda no discurso, Lula destacou o que chamou de uma mudança no fluxo migratório:

- Eu quero lembrar de um fenômeno que está acontecendo no Brasil, que a imprensa não percebeu. Que é o êxodo ao contrário, as pessoas estão voltando para o campo porque há uma grande política de financiamento para agricultura familiar, para assentamento. Colocamos luz para pelo menos 12 milhões de brasileiros que moram no meio do mato - afirmou o presidente. - Mas uma coisa vocês podem levar do Brasil e pegar todos os dados de prefeitos de oposição, de intelectuais, os números falam mais do que a língua. Nunca se trabalhou tanto na questão de urbanização de favelas - completou o presidente, que, embora não tenha dado números ou detalhes, disse que a Caixa Econômica Federal emprestou mais em janeiro e fevereiro de 2010 do que durante todo o ano de 2005.

Antes de Lula, o governador do Rio, Sergio Cabral, destacou, em seu discurso, o processo de urbanização da Zona Portuária, e disse que o Rio deu exemplo de mudança de qualidade de vida urbana, graças a investimentos e parcerias do governo do estado cm prefeitura e governo federal.

- O Rio teve uma mudança radical com o PAC, que trouxe saneamento e lazer. As pessoas saíram de barracos e foram morar em apartamentos dignos. Tirou o pé da lama e colocou em ruas urbanizadas - disse o governador, que ressaltou ainda a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que possibilitaram que "milhares de moradores de áreas carentes" não tenham mais que conviver com o poder paralelo do tráfico.

Entre os participantes do evento também está a diretora da ONU para assentamentos urbanos, Anna Tibaijuka, que pediu um minuto de silêncio pelas vítimas dos terremotos do Haiti e do Chile.

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