sexta-feira, 12 de março de 2010

CEARÁ, UM ESTADO FALIDO MAS MUITO BEM PAGO

Fortaleza - CE, 12 de março de 2010.

Edição nº 71

O Estado do Ceará, como todo o Brasil, está falido mas MUITO BEM PAGO porque os cidadãos, os contribuintes são obrigados a anualmente entregar seus salários e patrimônio no equivalente a 5 MESES de IMPOSTOS (sem contar os valores pagos em multas de fotossensores, da AMC, do DETRAN e da PRF).

Ou seja, de cada 12 meses trabalhadosarduamente, o brasileiro entrega de impostos 5, ficando apenas com 7 meses para laser, educação, saúde, segurança, etc.

Vale ainda dizer, que os 7 meses do ano, que ficaram para o cidadão contribuinte, ele ainda tem que tirar um valor enorme para arcar com serviços devidos mas não concedidos pelo Estado, ou seja, educação, saúde, segurança etc. porque o Estado cobra por tudo isto mas não cumpre seu papel de "grande pai", sendo um "enorme e voraz leão devorador".

Mas a culpa é de quem?

É do povo infelizmente, que mesmo sofrendo continua elegendo pessoas que cuja retórica diz o que o eleitor quer ouvir mas quando eleito, faz tudo ao contrário.

No Ceará não é diferente, e para testemunhar contra a insegurança que graça na "Fortaleza Bela", até a prefeita Luizianne Lins - que deveria em tese fazer a sua parte com a guarda municipal e a AMC - veio à público dizer o que todos já sabem, que o "Estado não dá conta da segurança em Fortaleza".

Mas como os políticos, prefeitos, e governadores, não andam na multidão como os cidadãos e contribuintes comuns, eles estão mais bem guardados, pelo aparato do Estado, pela polícia do Estado, porque para eles, o povo é um "mero detale", uma "escada para o Poder", e por isto insignificante se morrer mais um, pois cairá apenas na estatística da violência do dia.

Porque ninguém se importa com mais uma vida que é assassinada por um menor ou por uma marginal adulto, porque para o resto da sociedade - que dá graças à D´us por chegar em casa vivo - e para as autoridades, a vida continua, com mais um ou vários mortor.

Quem se importa?

O eleitor com certeza não, pois vota mal e continua votando indiretamente na violência.


Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br


CARTA-PROVA:

LUIZIANNE LINS - "Estado não dá conta da segurança em Fortaleza"

Data 27/05/2005 17:00:31 | T�pico: Clipping

O POVO (25/05/2005)
Luizianne diz fazer um alerta e que está aberta a cooperar com uma cidade que também é turística

A prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), cobrou, nesta quarta-feira, do governo estadual "um maior tratamento em termos de segurança pública para Fortaleza". Segundo disse, a atual estrutura do setor não vem dando conta dos muitos problemas que vem sendo anotados, o que gera clima de insegurança e possíveis danos até à imagem turística da cidade. Segundo pesquisa Ultradata/O POVO, cerca de 65,5% do fortalezense vêem a insegurança como maior preocupação.

"O Estado não está dando conta da segurança de uma cidade, que já tem mais de 2,5 milhões de habitantes. �? preciso que isso seja repensado", reforçou Luizianne, observando não estar fazendo a crítica pela crítica, mas alertando as autoridades e disposta a cooperar no que for possível da parte do município.

Luizianne Lins afirmou que, da sua parte, através da Citéluz, vem expandindo e reforçando a iluminação pública em vários pontos da cidade e incentivando o trabalho da Guarda Municipal que, ainda neste ano, terá concurso público para a contratação de 500 agentes. "Hoje, nós temos um efetivo de cerca de mil homens na Guarda Municipal. Nós vamos dobrar isso. Começamos neste ano e ainda faremos outro concurso, para mais 500 agentes, antes de concluirmos nossa gestão", disse.

Ela acrescentou que o sistema de vigilância eletrônica do CTAFor, ligado à Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), está à disposição para contribuir também na questão da segurança da cidade e que, na luta contra o crescimento dos índices de violência, autoridades e sociedade precisam unir esforços. Ela, no entanto, lançou apelo: �??O Estado precisa dar melhor tratamento à segurança, tem que aumentar efetivo e investir mais�?�.

Indagada sobre a possibilidade de adotar uma �??Lei seca�?� em Fortaleza, com bares fechando a partir das 22 horas, ela disse que o �??assunto é muito delicado, porque nossa cidade é também turística�?�. Para ela, medida do gênero precisar ser �??bem discutido com a comunidade, pois qualquer decisão a esse respeito tem que ser partilhada�?�. Para ela, antes de ação do gênero será fundamental a regulamentação dos funcionamentos dos estabelecimentos de maneira em geral. �??Esse tipo de medida também evita tragédias como esse caso da Vila Forró, onde morreram cinco pessoas e que estava sem alvará�?�, observou.

A prefeita aproveitou para anunciar que estará mandando mês que vem para a Câmara Municipal uma mensagem criando a Secretaria do Turismo de Fortaleza, organismo que, conforme ela, estará aberto a debater todas as questões que digam respeito ou influenciem o setor turístico da cidade.

Luizianne deu essas declarações antes de seguir para o Rio de Janeiro acompanhado dos secretários Alfredo Oliveira (Planejamento), Odorico Monteiro (Saúde) e Alexandre Cialdini (Finanças), onde manterá contatos com o BNDES e Centro Cultural Banco do Brasil. Ela informou que no BNDES tratará sobre empréstimo - não especificou valor - para ações na área de infra-estrutura da cidade e no plano social.

�??Do BNDES, queremos apoio financeiro para melhoria da infra-estrutura
da cidade, mas, principalmente, verbas para construirmos escolas patrimoniais. Nós temos hoje 125 anexos ainda operando, mas queremos, até o fim da nossa administração, ter todas as escolas do município�?�, promete a prefeita.

Sobre o Centro Cultural do Banco do Brasil, revelou estar praticamente fechado que uma unidade do gênero virá para a capital cearense. O banco exigiu que, para obter o benefício, o município conservasse na Instituição a conta do pagamento de pessoal, no que, segundo Luizianne, é algo resolvível.

Em termos de sucessão governamental 2006, a prefeita manteve o que já havia dito recentemente: defenderá que o PT apresente candidato próprio, observando que, além de ter aumentado seu poder eleitoral no Estado, o partido ainda detém a administração da Capital, onde está concentrado um terço do eleitorado.

Luizianne não quis falar sobre nomes preferidos para o embate, mas disse que, segundo a imprensa, três petistas já aparecem como governamentáveis: o deputado federal João Alfredo, o ex-presidente estadual do PT e atual diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Airton, e o prefeito de Quixadá, Ilário Marques. Dessa vez, ela não quis falar sobre preferidos e considerou �??cedo�?� para se discutir possíveis alianças. Ela retorna do Rio amanhã.




NO CEARÁ, NA ZONA DO CARIRI, O POVO SOFRE SEM ÁGUA ENQUANTO OS POLÍTICOS SEGUEM FAZENDO PROMESSAS

Fortaleza - Ce, 11 de março de 2010.

Edição nº 70

O povo cearense é muito bom, em especial o do cariri, pois sofre falta d´agua, perde a lavoura, mas continua contente e alegre com seus políticos que deveriam há muito ter resolvido a questão da água e não fazem por falta de vontade política.

Ser político não é apenas dizer chavões e acusar o opositor, é saber administrar com amor e profissionalidade sua cidade, seu Estado, seu País, mas o povo parece que não liga se passa fome ou sede, pois continua amando seus governantes.

Só gostaria de saber até quando durará este relacionamento doentio em que o povo sofre e o político se beneficia com o Poder inebriante.

Povo do Cariri, é hora de mudança, de parar de sofrer, porque ao teu lado, na casa do "Senhor Feudal", há água e pão há em abundância!


Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
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sosdireitoshumanos@ig.com.br


REPORTAGEM-PROVA:

SECA VERDE - Plantações têm perda total

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Agricultor Antônio Xenofonte perdeu plantios de feijão e milho na localidade de Ponta da Serra, no Crato. Está tentando replantio, mas prevê que o trabalho poderá ser em vão
ANTÔNIO VICELMO

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O plantio de milho está murchando, por falta de água, nas áreas onde foi plantado na região Centro-Sul
HONÓRIO BARBOSA

11/3/2010

Avaliação preliminar de sindicalistas rurais no Cariri aponta prejuízos provocados pela seca verde na região

Crato. Perda total de plantações ou prejuízos acima de 50% nos cultivos de milho, feijão e pequenas culturas como jerimum e melancia são registrados por equipes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STRs) na região do Cariri. Os sindicalistas estão visitando todos os plantios da região com o objetivo de elaborar um relatório com os índices de perda em cada lavoura. No município do Crato, três equipes foram deslocadas para o campo. O resultado conclusivo da avaliação será entregue nos escritórios da Ematerce que, por sua vez, está fazendo uma pesquisa quinzenal dos prejuízos causados pela falta de chuvas na região.

Estes relatórios serão entregues à Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), a quem cabe definir se a seca está caracterizada na região. A Ematerce prefere não se pronunciar sobre as informações colhidas. No entanto, os sindicalistas, com base no levantamento feito até agora, calculam que a perda é superior a 50%. Mesmo que chova de hoje para amanhã, eles não alteram esta avaliação. Em alguns municípios, como Brejo Santo e Porteiras, a perda é total.

A reportagem acompanhou uma das equipes aos distritos de Bela Vista e Ponta da Serra, no município do Crato. O quadro é triste. Em algumas roças, a perda é de 100%. O agricultor Cícero Ferreira da Silva, conhecido por "Cícero Pequeno", mostrou o plantio de feijão e milho totalmente perdido. O mesmo ocorreu com Cícero Nonato da Silva. Até os jerimuns e melancias murcharam com a falta de chuvas.

Na Ponta da Serra, o quadro é de cortar coração, define o sindicalista Deocleciano Ferreira da Silva, integrante da equipe de pesquisa. Ali, o agricultor Antônio Xenofonte de Souza já perdeu um plantio de feijão e milho. Está tentando salvar, pelo menos, a metade do segundo plantio. Mas o legume está morrendo. Ele esperava colher 30 sacos de feijão. "Talvez não colha um", lamenta.

A secretária de Políticas Agrícolas do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brejo Santo, Fabiana Novais, diz que, nos municípios de Brejo Santo e Porteiras a perda é total. "Aqui não houve safra", complementa. "Na cidade de Mauriti, maior produtor de milho da região, o prejuízo não tem tamanho. Aqui não se aproveita nada", diz a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mauriti, Maria Aparecida Bernardo.

Em Santana do Cariri, município que apresenta maior índice de produtividade de milho do Cariri, 7 mil quilos por hectares, não tem safra. "Se chover de hoje para amanhã, pode ser que sobre alguma coisa do feijão", diz o secretário de Políticas Agrárias, Antônio Eudes do Nascimento. "O milho está perdido", reafirma ele.

O coordenador de Desenvolvimento da Agricultura Familiar da SDA, Itamar Lemos, já afirmou que a safra agrícola de 2010 já está prejudicada. "Os produtores do Cariri, área que responde por mais de 50% do plantio de milho, feijão e arroz, contabilizam prejuízos", disse. "Mas, de um modo geral, apenas 16% do total a ser cultivado foi plantado até agora".

Abaixo da média

A Funceme prevê precipitações 45% abaixo da média histórica, mas, se chover a partir da segunda quinzena de março, talvez viabilize uma safra razoável. Para Lemos, "esse fenômeno de aquecimento da temperatura das águas do Oceano Atlântico, não favorecendo o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical que, somada à existência do El Niño, influencia no volume de chuvas no Estado. Diante deste cenário, estamos aconselhando os agricultores a aguardarem o início da plantação e observarem as orientações relacionadas à adubação como o uso de material orgânico".

No Cariri, a maioria dos agricultores não quer correr o risco de um segundo plantio. Grande parte das terras agricultáveis não foi ocupada porque as chuvas não foram suficientes para a germinação das sementes. Ao fazer esta observação, o secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato, Zilcélio Ferreira, avalia que este quadro vai refletir negativamente nos benefícios do Seguro safra. De acordo com a nova orientação, quem não plantou não tem direito ao Seguro Safra, um programa que oferece uma renda mínima aos agricultores de base familiar que tenham perdido mais de 50% do seu plantio por excesso ou falta de chuvas.

No Crato, por exemplo, 2.800 agricultores participam do Seguro Safra. Cada um vai receber R$ 550,00, divididos em cinco parcelas de $$ 110,00. No caso de confirmação da perda acima de 50%, estes trabalhadores terão direito ao benefício. Alguns trabalhadores estão devolvendo a semente nos escritórios da Ematerce. O beneficiário da subvenção ao prêmio do seguro rural é o produtor rural, pessoa física ou jurídica, adimplente com a União, conforme disposto na legislação em vigor, que contrate seguro rural nas modalidades amparadas pela subvenção, conforme definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Em municípios da Zona Norte, a situação também é de seca verde. A última chuva registrada em Sobral foi ainda no fim de janeiro. Existem outras cidades onde também não chove há mais de um mês.

As últimas precipitações melhores só foram observadas nos municípios da Serra da Meruoca. Apesar dos reservatórios estarem com a capacidade normal ou até acima da média, não está tendo água suficiente para sustentar as primeiras plantações na região Norte, nos cultivos que não são irrigados.

ENQUETE
Trabalho perdido

"Já perdi dois plantios de milho e feijão. Não dá mais para arriscar um terceiro plantio. As chuvas estão bem fracas"
Antonio Xenofonte de Souza
50 ANOS
Agricultor

"Perdi totalmente o plantio de milho. O feijão só dá para aproveitar 50%. Se chover, vou tentar plantar de novo"
Cícero Ferreira
52 ANOS
Agricultor

MAIS INFORMAÇÕES
Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Crato, Rua Pedro II, 62,
(88) 3523.1623; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mauriti: (88) 3552.1201

CENTRO-SUL
Falta de chuvas há um mês

Iguatu. Na região Centro-Sul, a falta de chuva vem provocando a perda das culturas de subsistência de milho, feijão e arroz. Não chove há cerca de um mês. Além da morte do plantio, a escassez de água para o abastecimento humano e animal começa a preocupar as autoridades locais. A demanda por carro-pipa cresceu nas duas últimas semanas. A tendência é que a situação se agrave.

Um dos municípios que enfrenta urgente necessidade de abastecimento por carro-pipa é Acopiara. Até dezembro passado, 5.334 pessoas eram atendidas em 96 localidades rurais por caminhão-pipa. O serviço foi suspenso. "De lá para cá, a situação só piorou porque não choveu", disse o secretário de Agricultura do município, Carlos Aragão. "Eram dez veículos, mas agora precisamos de 14 porque mais 3185 pessoas necessitam de abastecimento de água".

A seca severa que castiga o sertão cearense exige maior demanda por água. Municípios como Catarina e Mombaça estão também encaminhando para a Defesa Civil do Estado relação de suas necessidades e querem a imediata reativação da Operação Pipa. Em Icó, a Secretaria de Agricultura vai fazer, a partir da próxima segunda-feira, levantamento das comunidades rurais que estão necessitando de abastecimento de água.

Já em Limoeiro do Norte, choveu 201mm em janeiro, apenas 24,4mm em fevereiro, e nem uma gota d´água até ontem neste mês de março. Praticamente nenhum dos 1.660 produtores encontrou a hora boa para plantar. Com exceção de uma plantação em oito áreas de palma forrageira, que não necessita de muita umidade, toneladas de sementes de grãos continuam estocadas. Até o dia 22 todos os produtores terão recebido as sementes. De acordo com Antônio Deusimar Silva, secretário municipal da Agricultura, o solo continua sem umidade, mas não quer falar ainda na possibilidade de seca verde. "Temos disponibilizado 3.400 horas de trator, mas não deu para iniciar ainda o plantio".


Antônio Vicelmo
Repórter