Edição nº 72
O Estado brasileiro dedmonstra cada vez mais ter algum desvio de comportamento, pois exige muito de seus cidadãos e oferece em troca quase nada, no caso do catunista Glauco Mattoso, e de seu filho Raoni, o Estado brasileiro deixou de garantir a vida e a integridade física dos mesmos, já que foram mortos dentro de casa por um indivíduo que portava um revólver.
Ou seja, se a polícia tivesse cumprido seu papel de prevenir o uso de armas de fogo na zona urbana, com blitzes e outros meios de apreensão de armas de fogo, com certeza o elemento que tirou precoce e covardemente as vidas de Glauco e de seu filho Raoni estaria preso, ou, no mínimo, sem a arma.
Mas querer que o Estado brasileiro se comporte de forma saudável para com seu povo é demais, porque Ele sabe muito bem como retirar - via impostos - o dinheiro do povo, do cidadão, do eleitor, mas não dá a garantia mínima de vida em troca.
É o Brasil, infelizmente nada acontecerá, e Glauco e seu filho Raoni farão parte agora das estatísticas da violência urbana no Brasil.
E amanhã, quem será a próxima vítima? Apenas os que estão entre as multidões, os eleitores, os cidadãos, já que os políticos e autoridades estão muito bem guardadas pelo aparato policial do Estado!
Paz e Solidariedade,Ou seja, se a polícia tivesse cumprido seu papel de prevenir o uso de armas de fogo na zona urbana, com blitzes e outros meios de apreensão de armas de fogo, com certeza o elemento que tirou precoce e covardemente as vidas de Glauco e de seu filho Raoni estaria preso, ou, no mínimo, sem a arma.
Mas querer que o Estado brasileiro se comporte de forma saudável para com seu povo é demais, porque Ele sabe muito bem como retirar - via impostos - o dinheiro do povo, do cidadão, do eleitor, mas não dá a garantia mínima de vida em troca.
É o Brasil, infelizmente nada acontecerá, e Glauco e seu filho Raoni farão parte agora das estatísticas da violência urbana no Brasil.
E amanhã, quem será a próxima vítima? Apenas os que estão entre as multidões, os eleitores, os cidadãos, já que os políticos e autoridades estão muito bem guardadas pelo aparato policial do Estado!
Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br
REPORTAGEM-PROVA:
TRAGÉDIA FAMILIAR- Cartunista e filho são mortos
13/3/2010
São Paulo. O cartunista Glauco Villas Boas, de 53 anos, que trabalhava para o jornal "Folha de S. Paulo", e seu filho Raoni, de 25, foram mortos ontem, à 0h30, pelo estudante universitário Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, de 24 anos. Segundo testemunhas e a polícia, Carlos Eduardo invadiu a chácara da vítima com pistola em punho na tentativa de sequestrar o cartunista e a família e levá-los até sua casa.
O universitário acabou disparando dez vezes e acertando quatro tiros em cada uma das vítimas. Cadu, como é conhecido o acusado do crime, é amigo há anos dos filhos do cartunista. Ele frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada pelo cartunista, mas há oito meses não aparecia no templo, localizado na chácara de Glauco, em Osasco, na Grande São Paulo.
Segundo testemunhas e parentes da vítima, na quinta-feira à noite o acusado, possivelmente em companhia de mais um ou dois amigos, chegou à casa do cartunista em um carro Gol cinza. Parou o carro atrás do veículo de Juliana, enteada de Glauco. Pouco antes da meia-noite, o estudante abordou Juliana com uma pistola calibre 7,65 mm. Obrigou a vítima a chamar a mãe - Bia -, que abriu o portão da casa. Além delas, dominou Alva (outra enteada de Glauco), Gecila (mulher de Raoni), um neto e o próprio cartunista.
Segundo o depoimento dado pelos parentes do cartunista à Delegacia Seccional de Osasco, Sundfeld queria que Glauco o acompanhasse até a casa de sua mãe, no Pacaembu, zona oeste da capital paulista, para dizer a ela que o rapaz era "Jesus Cristo". Seus olhos estavam esbugalhados, sua boca espumava e ele demonstrava ansiedade.
Glauco tentou acalmá-lo. Foi agredido. O cartunista propôs ao estudante que as mulheres fossem deixadas e ele o levasse. Nunes apontou a arma para a própria cabeça e disse que ia se matar. "Não faça isso!", disse Glauco.
Foi quando o filho do cartunista chegou. O portão estava aberto. Raoni entrou e viu o amigo armado, com o pai - e se assustou. O acusado atirou. A perícia mostra que o cartunista foi atingido à queima-roupa no rosto. Os demais tiros acertaram o tórax e o abdome. Em seguida, o estudante teria disparado contra Raoni, três vezes no abdome e uma no tórax. Bia e Juliana assistiram a tudo. O estudante entrou no Gol e sumiu.
As vítimas foram levadas ao Hospital Albert Sabin, na Lapa, zona oeste de São Paulo, onde morreram. "Foi uma tragédia. O rapaz estava em meio a uma tempestade psicológica", afirmou o delegado Fernão de Oliveira Santos, titular da Seccional de Osasco. Os policiais estiveram ontem pela manhã na casa do estudante, mas não o encontraram, nem a arma do crime. Cinco testemunhas reconheceram o acusado, que está foragido. De acordo com a polícia, Nunes tem um histórico de abuso de drogas.
O velório de Glauco e de seu filho Raoni ocorre na chácara da família. O sepultamento está marcado para hoje, às 9 horas, no Cemitério Gethsemani Anhanguera, em Santa Cecília.
O crime chocou o Brasil e levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador José Serra (PSDB) a divulgarem notas sobre o bárbaro crime. Lula divulgou uma nota por volta das 13h em Brasília, embora estivesse em Curitiba, inaugurando uma fábrica da Petrobras, se dizendo "chocado" com a morte do cartunista.
"Glauco foi um grande cronista da sociedade brasileira, entendia os usos e costumes da nossa gente e expressava isso com inteligência e humor", disse Lula, acrescentando: "Fiquei triste com a notícia de sua morte e chocado com as circunstâncias inaceitáveis que também levaram seu filho Raoni. Foi uma perda tremenda", diz a nota assinada pelo presidente.
Já o governador Serra também lamentou a perda do cartunista. "Lamento a morte trágica e precoce do cartunista Glauco. Dono de um traço caligráfico, ele criou toda uma galeria de personagens, alguns tão familiares que são hoje parte do nosso cotidiano nas "tirinhas" dos jornais", destacou Serra.
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