quarta-feira, 10 de março de 2010

CONSPIRAÇÃO DO CIGARRO: QUANDO A VÍTIMA É MULHER

Fortaleza - CE, 10 de março de 2010.

Edição nº 61

A indústria tabageira há muito sabe que seu produto vicia, causa doenças incuráveis e mata, e além de saber disto tudo, manipula a composição do cigarro para que, contendo mais nicotina, seja mais difícil de abandonar, não o hábito, mas o vício, a dependência, por isto, pode-se dizer que CONSPIRA CONTRA A SAÚDE PÚBLICA, é a CONSPIRAÇÃO DO CIGARRO.

Esta consiração, muito bem orquestrada, sempre usou e abusou de milhares de dólares em publicidade direcionada para jovens, adultos, mulheres e quem mais fosse uma vítima em potencial.

Não há falta de pesquisas científicas provando que cigarro vicia, lesiona a saúde e mata, mas a indústria continua usando o argumento bolchevique: "Não sei e não vi" e a melhor de todas, a que causa mais impacto: "Há controvérsia".

Quem é viciado, dependente do cigarro sabe do que estamos falando, pois é um barato que sai caro - chavão velho mas que pode ser empregado neste caso -, principalmente, se a vítima, se o dependente à nicotina for mulher, pois seu organismo será mais afetado que o do homem, isto é verdade, "dou fé".

Por isto, tenha paciência com os entes queridos que não conseguem abandonar o vício, e os amigos e colegas que muitas vezes estão estressados devido a falta de nicotina e por isto ficam com os nervos à flôr da pele com todos à sua volta. Procure levá-los para a luz, para o "lado bom da força", porque a indústria tabaqueira há muito os induziu à se comportarem de forma nociva à sua própria saúde, e é extremamente difícil abandonar, só com muita compreensão, carinho, e ajuda profissional o viciado em nicotina conseguirá abandonar o cigarro e ter novamente uma vida de melhor qualidade.

Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br


REPORTAGEM-PROVA:

Mulheres têm mais dificuldade para largar o fumo - Elas buscam mais ajuda, mas demoram mais que eles para parar de fumar -

Fernanda Aranda, iG São Paulo
| 10/03/2010

Foto: Getty Images/Photodisc

Cigarro: câncer de pulmão já é a terceira causa de morte entre mulheres

Depois de 50 anos na companhia do cigarro, o presidente Lula afirmou nesta terça-feira que há 40 dias deixou o fumo de lado.

Ele declarou que não tem sido fácil ficar sem as tragadas mas, se fosse do sexo feminino, a autoridade máxima do Brasil poderia ter ainda mais dificuldade de largar o vício.

Influência dos hormônios, da rotina e até mesmo da pressão pelo corpo magro, as mulheres demoram mais para conseguir a independência do tabagismo, já atestaram pesquisas. Uma delas, feita pelo Centro de Referência e Tratamento do Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod) constatou que apesar de elas serem maioria entre os que buscam tratamento para abandonar o vício, as mulheres também têm mais dificuldade do que os homens em ficar abstêmias.

O levantamento foi feito com 500 pacientes que buscaram ajuda médica no Cratod. Do total, 63% eram mulheres. Por outro lado, enquanto 47% dos o pacientes do sexo masculino já haviam conseguido ficar longos períodos sem fumar (mais de um ano), entre elas, esta taxa recuou para 34%.

A diretora do Cratod, Luizemir Lago, já afirmou que o cigarro tem representações diferentes para os homens e mulheres. Esta representação, inclusive, acaba de ser mapeada por estudo de caso publicado na edição de dezembro do Caderno Brasileiro de Saúde Pública.

Em um serviço público do Rio de Janeiro, as pesquisadoras Márcia Broges e Regina Simões Barbosa investigaram quais os significados simbólicos do cigarro para mulheres que estavam tentando parar de fumar. Confirmaram o que a literatura já alertava: elas, diferentemente dos homens, sempre associam o início do fumo a algum episódio marcante (fim de namoro, morte, desentendimento), o que dificultaria o abandono do hábito. Além disso, o discurso das 14 fumantes acompanhadas relacionava o cigarro a “um companheiro”, presente nos momentos de dificuldades no trabalho e na vida pessoal.

Além da relação de companhia com o cigarro, as mulheres sofrem mais de transtornos depressivos do que os homens (relação de dois casos femininos para cada um masculino, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria). Essas manifestações podem dificultar o fim “parceria” com o tabaco, que tanto prejudica a saúde e o bem-estar da mulher.

Prejuízos contabilizados

Os especialistas reforçam que as dificuldades em parar de fumar não devem ser empecilho. O organismo feminino paga um preço alto por causa do fumo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), uma das evidências dos prejuízos são os casos de câncer de pulmão. Na década de 40, este tipo de tumor maligno era incomum entre as mulheres. Já no último balanço, divulgado este ano, está em terceiro lugar no ranking de incidência, só atrás do câncer de mama e colo de útero. Estudos já constataram que 95% dos cânceres de pulmão são desenvolvidos em pacientes com histórico de fumo.
O cigarro também é apontado como importante influenciador do câncer de mama em mulheres mais jovens. No Brasil, mesmo em idade fértil – entre 10 e 49 anos – elas já são ameaçadas pela neoplasia das mamas, a 5ª na lista de causas de morte mais frequentes.

Apesar da ciência já ter constatado as desvantagens do cigarro companheiro das mulheres, um levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo mostrou que as adolescentes já fumam tanto quanto os meninos. Foram realizadas 3.077 entrevistas no País com pessoas entre 14 e 18 anos. O índice de garotos fumantes foi de 8,6%, só dois pontos porcentuais acima do que o encontrado entre elas (6,7%). Na população como um todo, este mesmo índice mostra uma diferença de 10 pontos: 25% entre eles e 14% entre elas.

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