quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Fortaleza Bela": Até 1.4.2010 na Região Metropolitana já foram mortas mais pessoas que soldados americanos no ano todo de 2009 na Guerra do Iraque

Fortaleza - CE, 1 de abril de 2010.

Edição nº 131

Nos primeiros 90 dias do ano de 2010 na Região Metropolitana da "Fortaleza Bela" foram assassinadas 426 pessoas, ou seja, mais que as mortes de soldados americanos em todo o ano de 2009 na Guerra do Iraque, que foi de 148 conforme fonte da ONG GlobalSecurity

A matéria jornalística que informa sobre os 426 assassinatos na Região Metropolitana de Fortaleza você pode ver a seguir, e prova que a pasta da Segurança Pública no Estado do Ceará está, ou FALIDA ou entregue à pessoas INCAPACITADAS para gerenciá-la, pois ao nosso ver, para figurar como secretário de segurança, o indivíduo precisa, de, no mínimo, ter pós-doutorado em criminologia, ou segurança pública, não sendo capaz, pessoa apenas da área, ou policial que há "x" anos está nos quadros da polícia militar ou civil, muito menos nos quadros das Forças Armadas, pois esta, em teses, está apta apenas à encarar uma guerra militar e não uma guerra urbana como ocorre no Estado do Ceará, em especial na Grande "Fortaleza Bela".

E o Estado do Ceará colocando pessoas incapacitadas para atuarem na pasta da Segurança Pública, ao nosso entender, é o único culpado pelas centenas de mortes, furtos, roubos, latrocínio, sequestros e todas as violências pelas quais os cidadãos, eleitores e contribuintes estão sendo vitimas.

É hora do povo agir, de acionar judicialmente o Estado do Ceará para que seja responsabilizado pela INSEGURANÇA PÚBLICA bem como para pagar pelos prejuízos que as vítimas estão sofrendo, bem como, nas eleições que se aproximam, para dar um basta à esta situação periclitante.

Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Editor-Chefe da Revista SOS DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br



REPORTAGEM-PROVA:

BALANÇO DO PRIMEIRO TRIMESTRE

Assassinatos crescem 33,1%

1/4/2010
Em apenas 90 dias de 2010, nada menos que 426 homicídios foram registrados na Capital e Região Metropolitana

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Fuzilamentos nas ruas: na maioria dos locais de crimes a Polícia encontra balas de calibres 0.40 ou 380, que são usadas em pistolas de uso privativo das forças de Segurança
MIGUEL PORTELA

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No começo da manhã de ontem o rabecão recolheu o corpo de uma mulher, violentada e assassinada nas Goiabeiras
ALEX COSTA

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No meio da tarde um rapaz foi executado, a tiro, na Rua Estudante Jucá, na Serrinha. Mais uma execução
MARÍLIA CAMELO

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Liduína mostra a foto do filho assassinado. A dor de mãe não tem fim
VIVIANE PINHEIRO

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FERNANDO RIBEIRO
EDITOR

Quatrocentos e vinte e seis. Este é o número de pessoas assassinadas somente na Grande Fortaleza (Capital e Região Metropolitana) em apenas 90 dias, uma média de um crime de morte a cada cinco horas. O balanço é relativo aos casos de homicídio registrados no primeiro trimestre deste ano e cujos números foram ´fechados´ no começo da noite de ontem. Em relação a igual período de 2009 - quando foram mortas 320 pessoas - ocorreu um aumento da ordem de 33,1 por cento.

O último homicídio do trimestre, contabilizado pela Reportagem às 19 horas de ontem, ocorreu no bairro recordista em assassinatos, o Bom Jardim. Eram 18h30 aproximadamente, quando uma mulher foi baleada e morta na Favela do Urubu.

Até a noite passada, o corpo da vítima, Maria Luziane Vieira, 33, permanecia no necrotério do ´Frotinha´ de Parangaba aguardando remoção para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO), onde está funcionando, atualmente, a sede da Coordenadoria de Medicina Legal (ver matéria abaixo).

A ´guerra´ urbana que é travada diariamente nas ruas da Grande Fortaleza tem registrado patamares nunca vistos. Somente no mês de março, nada menos que 159 pessoas foram assassinadas e, entre elas, figuram 18 adolescentes.

Se comparado o primeiro trimestre deste ano com igual período de 2008 (quando foram anotados 236 homicídios) esta elevação estatística vai mais além, chegando a 80,5 por cento. Os números são obtidos diariamente pelo Diário do Nordeste em pesquisa própria onde são contabilizados todos os crimes ocorridos na Grande Fortaleza.

Para chegar aos números reais da criminalidade na RMF, a Editoria de Polícia faz a varredura diária nos registros de homicídios anotados pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), hospitais de emergência como o IJF-Centro e os ´Frotinhas´ e ´Gonzaguinhas´, delegacias distritais e metropolitanas (incluindo as plantonistas e aquelas que só cumprem o expediente), além de outras fontes policiais.

Proibidos

Na Coordenadoria de Medicina Legal (o antigo IML), a estatística de crimes de morte, com os registros de entrada dos corpos, foi vetada à Imprensa por uma portaria assinada pelo atual titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Roberto Monteiro.

Os números atuais da criminalidade que avança de forma implacável em Fortaleza e nos seus municípios metropolitanos reforçam a tendência de crescimento da violência na Capital cearense revelada, ontem, pelo jornal ao publicar a pesquisa realizada entre os anos de 1997 e 2007 pelo Instituto Sangari, responsável pela elaboração do Mapa da Violência 2010 - Anatomia dos Homicídios no Brasil. Fortaleza, conforme a pesquisa, é a líder entre as capitais e regiões metropolitanas da Região Nordeste nos homicídios que vitimam crianças e adolescentes, na faixa entre zero e 19 anos de idade.

Em uma década, nada menos que 1.662 pessoas nesta faixa etária foram assassinadas em Fortaleza, segundo o Mapa.

Mesmo com a implantação de novos métodos de Segurança Pública no Estado, como o Ronda do Quarteirão e o programa ´Territórios da Paz´, as autoridades não conseguem frear o avanço da violência armada.

Conforme dados do ´Mapa da Violência´, entre 1997 e 2007 as taxas de homicídios em Fortaleza (que ceifaram a vida de de pessoas entre zero e 19 anos de idade) saltaram de 9,7 para 19,7 para cada grupo de 100 mil habitantes, portanto um aumento de mais de cem por cento (102,7), enquanto outras metrópoles consideradas até então extremamente violentas, reduziram seus índices.

Foi o caso, por exemplo, do Rio de Janeiro, onde essa taxa caiu de 35,1 por cento para 23,4; uma redução de 33,3 por cento. Já na Grande Recife (PE), o aumento dos homicídios no mesmo período chegou a 31,7 por cento.

Neste primeiro trimestre de 2010, o levantamento estatístico apontou dados que já são conhecidos das autoridades policiais locais. Como, por exemplo, as áreas de maior incidência de execuções sumárias. É o caso, por exemplo, do Bom Jardim, onde somente este ano, 13 pessoas já foram assassinadas. Entre as vítimas está um taxista - Francisco Guedes Júnior - morto durante tentativa de assalto há exatos nove dias.

Sangue

Em uma semana, foram seis homicídios registrados nas ruas daquela comunidade, inserida no programa dos governos federal e estadual ´Territórios da Paz´. Em 2009, foram 47 assassinatos, contra 27 em 2008.

Assim como no Bom Jardim, outros setores de Fortaleza permanecem, este ano, no ranking daqueles mais violentos.

Neste contexto estão inseridos o Conjunto São Miguel (em Messejana), Jangurussu, Conjunto Palmeiras, Rosalina, Vicente Pinzón, Praia do Futuro, Genibaú, Vila Velha, Messejana, Barra do Ceará e Planalto Ayrton Senna, além dos distritos de Pajuçara (em Maracanaú) e Jurema (Caucaia).

A estatística também revelou que mulheres - a exemplo de crianças e adolescentes - figuram cada vez mais na lista das vítimas dos assassinatos na RMF. Somente neste primeiro semestre, foram 25 vítimas, já incluindo a mulher morta, ontem, no Bom Jardim.

GUERRA URBANA
Violência não dá trégua e mais 4 pessoas executadas


A onda de assassinatos em Fortaleza e sua Região Metropolitana não dá trégua. Em menos de dez horas quatro homicídios foram registrados ontem na Capital. Entre as vítimas três mulheres. Segundo os primeiros levantamentos da Perícia Forense (Pefoce), duas delas sofreram abuso sexual. Contudo, o caso mais grave ocorreu no começo da noite passada, quando uma pessoa morreu e, pelo menos, outras três pessoas foram baleadas durante um conflito armado na Favela do Urubu, no Grande Bom Jardim.

Segundo informações da Polícia, Maria Luziane Vieira, 33, morreu quando recebia atendimento no ´Frotinha´ de Parangaba depois de ter sido atingida por uma bala perdida durante um confronto entre supostos traficantes de drogas que atuam naquela comunidade.

Além dela, Ruth de Sousa Almeida, 39, também foi baleada, juntamente com seu companheiro José Airton Lopes, 43. Os dois, que segundo a Polícia, teriam envolvimento com o tráfico de drogas, também foram atendidos no ´Frotinha´ de Parangaba e submetidos a cirurgia. Outro homem foi atingido durante o tiroteio, mas fugiu com a chegada da PM.

De acordo com policiais militares, o tiroteio ocorreu na Rua Cristo-Rei. Os PMs da patrulha do Ronda do Quarteirão (RD 1006) ouviram os estampidos e foram até o local. Quando os militares chegaram acabaram recebidos a tiro. Os acusados fugiram em um Pálio e abandonaram o veículo, em seguida, na Avenida Osório de Paiva.

Violência Sexual

Nas primeiras horas da manhã de ontem, uma mulher, ainda sem identificação, foi encontrada morta, com sinais de violência sexual, nos Goiabeiras (Zona Oeste). O crime ocorreu dentro da casa 17 da Travessa Dois, próximo à Rua Bom Jesus.

O corpo da vítima estava sobre um sofá. A mulher trajava apenas um short que estava nos joelhos. Ao lado do cadáver havia um pedaço de madeira que pode ter sido utilizado no crime.

Peritos da Coordenadoria de Criminalística (CC) da Perícia Forense (Pefoce) examinaram o cadáver, constataram que a mulher havia sofrido pancadas e identificaram também que o pescoço dela estava quebrado.

Aproximadamente quatro horas depois, o corpo de outra mulher foi encontrado em um terreno, situado na Rua Coletor Antônio Gadelha, em Messejana. Em estado de decomposição, o cadáver estava coberto com uma camiseta e, também apresentava sinais de violência sexual. No fim da tarde, um homem, identificado como Daniel, foi morto, a tiro, na Serrinha. O acusado foi preso.

FAMÍLIA DESTRUÍDA
Morte de filho causa infarto do marido

MOZARLY ALMEIDA

REPÓRTER

Uma dor que nunca passa e uma perda que jamais será aceita. Assim a educadora Liduína Muniz Lima define a morte do filho, Willins Coelho Lima Júnior, em fevereiro de 1999, então com 29 anos. Vítima de latrocínio, Willins estava em seu caminhão de carga, em um posto de combustível da BR-116, quando foi abordado e levado por quatro homens para a Lagoa do Banana, em Caucaia. Após atirarem contra o rapaz, ali abandonaram o corpo.

Depois de quase um mês de procura, a Polícia localizou o cadáver, mas a perícia não teve condições de precisar o dia do assassinato. De la para cá, a vida da família se transformou. "Em consequência disso, meu marido caiu em depressão e dois anos depois o perdi, devido a um infarto", recorda Liduína Muniz, que frisa ter encontrado em Deus e na Associação dos Parentes e Amigos de Vítimas da Violência (Apavv) o apoio para "desmoronar ".

Ainda hoje, contudo, a educadora não consegue esconder a emoção ao relatar a morte do filho, bem como a sua luta para encontrar e levar a julgamento os homicidas. "Na época, contei com a grande ajuda do delegado Jairo Pequeno", ressalta, enfatizando sua revolta com a insegurança reinante na cidade.

E sobre isso, Liduína fala com conhecimento de causa, pois ela própria já foi assaltada duas vezes. Ao reclamar de que o fortalezense não está livre de violência nem mesmo dentro de casa, queixa-se de que "há mais garantia dos direitos humanos para bandidos que para as vítimas".

Como alternativa para reduzir a insegurança, propõe a retirada das crianças das vias públicas, onde estão sujeitas às drogas e a todo tipo de violência. "É preciso colocá-las em escolas", acrescentou.

MATÉRIA-PROVA Nº2:

U.S. Casualties in Iraq

Casualty Notes

Monthly Summaries References
US Army Evacuations from Iraq
Month US
Named
Dead
*
US
Reported
Dead
**
US
Wounded
***
****
March 2003 65 0 202
April 2003 73 0 340
TOTAL 138 0 542
May 37 0 54
June 30 0 147
July 47 0 226
August 35 0 181
September 30 0 247
October 43 0 413
November 82 0 337
December 40 0 261
January 2004 47 0 188
February 19 0 150
March 52 0 323
April 136 12 1214
May 80 8 757
June 42 2 589
July 54 7 552
August 66 5 895
September 81 3 706
October 63 5 647
November 137 3 1427
December 72 1 540
January 2005 107 1 496
February 58 4 409
March 36 0 364
April 52 0 590
May 79 3 385
June 77 0 501
July 54 1 473
August 84 1 451
September 48 6 490
October 96 0 608
November 83 5 518
December 66 1 304
January 2006 61 4 521
February 53 3 300
March 30 3 475
April 74 7 481
May 69 2 422
June 59 2 512
July 42 9 574
August 65 5 503
September 70 7 776
October 100 11 870
November 63 13 502
December 105 12 644
January 2007 82 10 714
February 81 7 398
March 75 11 637
April 102 6 776
May 121 10 591
June 98 13 669
July 76 11 654
August 77 10 658
September 63 9 347
October 37 2 376
November 35 6 244
December 23
193
January 2008 40 2 216
February 29
216
March 37
590
April 51 3 283
May 20
132
June 28 2 39
July 13 2
August 22

September 25

October 13

November 16

December 13 1
January 2009 16

February 2009 17

March 2009 9

April 2009 17 2
May 2009 25

June 2009 14

July 2009 8

August 2009 7

September 2009 10

Oct 2009 7 1
Nov 2009 10 1
Dec 2009 3 1
Subtotal 4,282 5 30,182
TOTAL 4,287

* Includes both hostile killed and non-hostile killed
** Reported Killed but Unidentified Pending Notification of Next of Kin
*** Included both Wounded in Action and non-hostile prior to 01 Apr 04
**** Includes only Wounded in Action since 01 Apr 04
See the Casualty Notes for explanations.

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