quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ABSURDO: NO CARIRI, ARQUEÓLOGOS E PALEONTÓLOGOS ACOMPANHARÃO OBRAS DA CAGECE, ESQUECENDO DE PROCURAR A COVA COLETIVA DAS VÍTIMAS DO SÍTIO CALDEIRÃO

Fortaleza - CE, 25 de fevereiro de 2010.

Edição nº 46

Mais uma vez as vítimas do genocídio / massacre / assassinato / chacina do Sítio Caldeirão da Santa Cruz do Deserto são esquecidas, porque na região do Cariri, há um grande número de arqueólogos e paleontólogos aptos à encontrar a COVA COLETIVA com as 1000 vítimas do massacre do Sítio Caldeirão, contudo, eles apenas se preocupam com fósseis de peixes, ao ponto de, apartir de agora, acompanharem diariamente os serviços da CAGECE para que não ocorra a destruição de nenhum fóssil que, para eles, é mais importante que os restos mortais das 1000 vítimas do Sítio Caldeirão que, como todos sabem, se encontram em algum lugar da localidade chamada MATA CAVALOS, na Serra do Cruzeiro, Chapada do Araripe, Crato, Ceará, Brasil.

Infelizmente nos parece, que a ciência no Estado do Ceará anda divorciada litigiosamente da humanidade, do sentimento de empatia para com o sofrimento do próximo, do sentimento de se fazer justiça, do desejo de se colaborar com o próximo, caso contrário, a URCA, com seu laboratório de arqueologia e centenas de arqueólogos e paleontólogos, bem como a UFC com seus equipamentos sofisticados e pessoal capacitado, já teriam saído em procura dos restos mortais das vítimas do Sítio Caldeirão.

Os pesquisadores e cientistas cearenses não se dão conta que se encontrassem as vítimas do Sítio Caldeirão fariam justiça e rescreveriam uma importante página da história do Brasil.

Mas enquanto eles não se dão conta disto, apenas seguimos esperando que um dia se importem com a dor das vítimas que sucumbiram, dos sobreviventes e dos descendentes, e comecem a cavar a MATA CAVALOS para dela desenterrar a Verdade e História das 1000 vítimas do genocídio do Sítio Caldeirão.

Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br


REPORTAGEM:


SANEAMENTO BÁSICO-Arqueólogos estarão em obras de escavações

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A audiência para obtenção da licença, uma exigência da Semace, foi realizada ontem, em Santana do Cariri
ELIZÂNGELA SANTOS

25/2/2010

Arqueólogos e paleontólogos acompanharão obras de saneamento da Cagece em Santana do Cariri

Santana do Cariri. Começa no mês de março a execução da obra de saneamento e esgotamento sanitário deste município, que insere um amplo trabalho de acompanhamento nas áreas de Paleontologia e Arqueologia. A audiência para obtenção da licença de instalação, uma exigência da Superintendência de Meio Ambiente (Semace), para início da execução da obra, foi realizada na manhã de ontem, na Câmara Municipal do município.

O evento contou com a presença de técnicos da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), paleontólogos, arqueólogos, representantes da Universidade Regional do Cariri (Urca), do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan), Prefeitura Municipal e do Legislativo local.

Santana do Cariri foi instituída a "Capital da Paleontologia", tendo em vista a sua importância no contexto de achados fossilíferos do período cretáceo no planeta. Além desse ponto destacado, foram apresentados os projetos nesse sentido que serão desenvolvidos. Isso inclui a área da Arqueologia, que terá o acompanhamento de uma equipe de estudiosos que já desenvolve trabalhos na região, por meio da Fundação Casa Grande, tendo à frente a arqueóloga e diretora da instituição, Rosiane Limaverde.

Ela destacou o grande trabalho de prospecção arqueológica que será desenvolvido, numa área que pode conter importantes vestígios, inclusive indígenas, numa área inclusive que foi aldeia Cariu Cariri. Segundo a pesquisadora, deverão haver cortes de 3 a 4 metros, e em toda essa área poderá ser encontrado material arqueológico. Ela também destacou a importância da Chapada do Araripe no aspecto das pesquisas e descobertas na área. No Cariri, já foram identificados alguns sítios. Em Santana, as pesquisas nessa área não estão adiantadas em relação a muitos municípios da região, mas já existem os sítios Tatajuba I e II. "É uma região calcária, dentro de um contexto importante", diz.

O trabalho na área da Arqueologia inclui um cumprimento da legislação brasileira e a equipe dará prosseguimento a todo o trabalho de prospecção. Já no campo da Paleontologia, o diretor do Museu de Santana do Cariri, o paleontólogo Álamo Feitosa afirma que a maior parte do material a ser encontrado poderá não ser de grande importância do ponto de vista dos achados fossilíferos, mas destaca a atenção que deve ser dada a esse segmento, no qual vem realizando pesquisas.

Risco à biota

Outra preocupação de Feitosa é a cloração da água, que será inserida no Rio Cariús. Ele afirma que, numa determinada época do ano, a vazão se torna pequena e poderá ocasionar riscos à biota. "Conheci a situação de Tarrafas, onde é feito tratamento de água com cloro, e essa água servida é direcionada para o rio, que está morto", ressalta. Os técnicos esclareceram que a cloração que será incluída em Santana do Cariri terá um acompanhamento, com inclusão do produto e sua eliminação instantânea, antes de chegar nas residências. A meta é que tenha a menor carga residual de cloro.

A gerente de meio ambiente da Cagece, Maria Amélia Menezes, diz que em toda parte onde haverá cortes na cidade, há pontos negativos e positivos. Durante a execução dos trabalhos, ela afirma que existirá cuidado especial em relação à sinalização, mas, mesmo assim, são normais as reclamações por conta dos transtornos. Destaca os pontos positivos, fornecendo melhores condições sanitárias, mais empregos durante a obra, diminuição da quantidade de poluentes dentro do Rio Cariús e o benefício direto aos recursos hídricos.

O diretor de engenharia da Cagece, José Euclides Pimentel Gomes, disse que o projeto é muito grande e vai esgotar toda a cidade. "Isso representa um grande avanço. Uma visão direcionada ao trabalho nas áreas da Arqueologia e Paleontologia", explica.

O paleontólogo Marcelo de Oliveira Soares afirma que haverá acompanhamento. Caso sejam encontradas peças fossilizadas, esse material passará pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e serão encaminhadas para o Museu de Paleontologia de Santana do Cariri. Os achados serão estudados e identificados, seguindo todo o processo de acompanhamento. Dois bolsistas da Urca acompanharão os trabalhos.

A obra da Cagece irá investir R$ 3.358.240,91, com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC/ OGU/ Funasa). Serão beneficiadas 7.845 pessoas, com 1.655 ligações de esgoto e 7.821 metros de rede coletora, além de uma estação de tratamento de esgoto.

Trabalho

"Esse projeto trará grandes benefícios para a saúde de toda a população"
Jesus Garcia, Prefeito de Santana do Cariri

"Faremos um esforço para cobrir praticamente toda a cidade, com redes de esgoto"
José Euclides Pimentel Gomes, Diretor de engenharia da Cagece

"Um projeto dessa amplitude envolve pontos negativos e também positivos"
Maria Amélia Menezes, Gerente de Meio Ambiente da Cagece

MAIS INFORMAÇÕES

Cagece
Assessoria de Imprensa
(85) 3101.1828/ 3101.1826
(85) 8878.8932


Elizângela Santos
Repórter


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