Edição nº 85
A prova é que agora oas marginais estão caçando nas ruas até policiais militares, matam, furtam, assaltam, levam as armas da corporação, sem demonstrar respeito nem medo da Segurança Pública do Ceará.
Se a marginalidade rouba e mata policiais com frequência, é porque algo está muito errado, não há mais estabilidade social, porque o governo não governa mais.
A situação no Ceará, em especial na "Fortaleza Bela" é de guerrilha urbana, é de uma insegurança tão grande que poderia com certeza, ter sido palco para o filme "Guerra ao Terror" que recentemente vários Oscars, sem necessitar de figurantes, apenas usando os cidadãos e policiais que estão sendo caçados nas ruas pelos meliantes, com projéteis, sangue, mortos espalhados pelas ruas, tudo sem efeitos especiais nem dublês.
E a previsão é que irá piorar cada vez mais, porque os eleitores sofrem mas não aprendem, apenas dizem que a culpa é da violência urbana, porém, a culpa é do GOVERNO QUE NÃO GOVERNA, QUE NÃO TEM COMPETÊNCIA PARA GERIR A SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DO CEARÁ.
Paz e Solidariedade,
Dr. Otoniel Ajala Dourado
Editor-Chefe da REVISTA SOS DIREITOS HUMANOS
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br
REPORTAGEM-PROVA:
Quatro militares assaltados
Quando o sargento saía de uma empresa de ônibus no carro da empresa, um Fiat Palio e duas motos provocaram um acidente para interceptar o veículo em que estava o policial militar
MIGUEL PORTELA
As duas motocicletas utilizadas pelos bandidos na abordagem ao carro da empresa foram abandonadas nas imediações do local do assalto. Elas foram apreendidas pela Polícia.
MIGUEL PORTELA
16/3/2010
Em três ações distintas, um oficial, dois suboficiais e um sargento foram vítimas da violência urbana
O perigo ronda os policiais militares e civis do Estado do Ceará. A coisa se inverteu: não são mais só os policiais que perseguem os bandidos, os marginais, agora, os atacam sem dia, hora e lugar certos. As vítimas mais recentes da ousadia dos bandidos foram um major e um subtenente do Corpo de Bombeiros, um sargento e um subtentente da Polícia Militar. Os quatro foram assaltados ontem. Três deles, em plena luz do dia.
Ainda pela manhã, a violência e a ousadia dos assaltantes aconteceu contra dois subtenentes - um dos Bombeiros e outro da Polícia Militar. As vítimas foram abordados no cruzamento da avenida Leste-Oeste com a Rua Jacinto Matos e tiveram seus pertences levados: armas, carteiras, celulares e até uma Bíblia. A abordagem aconteceu por volta das sete horas.
As duas vítimas trabalham na Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) e tinham saído de serviço. Os militares estavam fardados e foram surpreendidos por três homens, um deles armados com um revólver. Segundo testemunhas, um dos assaltantes saiu de trás de uma árvore.
Sargento
À tarde, um sargento da PM - que não teve o nome revelado - caiu em uma emboscada no bairro do Siqueira. Ele saía de uma empresa de ônibus na Rua Adalberto Malveira, no Siqueira e estava no carro da empresa, acompanhado de um funcionário, quando um veículo Fiat Pálio, de cor cinza e placas HXQ-1545, surgiu na contra mão da direção e bateu no carro onde estava o sargento, cercando-o e forçando o carro das vítimas a parar.
Naquele momento, segundo o sargento Vidal, da 4ª Companhia do 6º Batalhão de Polícia Militar (Conjunto Ceará), três homens chegaram em duas motocicletas e abordaram as vítimas, levando uma pistola e fugindo logo em seguida. O carro (Fiat Pálio) e as duas motocicletas, uma Honda Fan de placas HXK-0847, de cor preta, e uma NXE, vermelha, de placas NQR-0638, foram roubadas recentemente para uso no assalto.
Nem os policiais que atenderam a ocorrência nem as vítimas confirmaram se, além da pistola do sargento, os assaltantes levaram um malote com dinheiro da empresa. O sargento da PM e o funcionário da empresa prestaram depoimento no 32º DP, no Bom Jardim, mas ninguém quis falar com a reportagem sobre uma possível prestação de serviços do policial à empresa, como segurança particular.
Já no fim da tarde, o major Oliveira, do Corpo de Bombeiros, foi atacado por um adolescente na ´Comunidade da Mana´, no Conjunto Palmeiras. O oficial, que estava à paisana, teve seu telefone celular roubado. Um grande efetivo policial foi mobilizado para a área e pouco tempo depois, o adolescente foi apreendido e o telelefone, recuperado.
A onda de crimes contra policiais começou em janeiro, quando três PMs do Ronda do Quarteirão foram atacados por dois bandidos vestidos de mendigos, quando faziam policiamento a pé na Praça do Conjunto Polar, na Barra do Ceará. Os assaltantes levaram duas pistolas de calibres Ponto 40 e 380, um colete e carregadores das armas dos soldados Paulo Roberto da Silva Guedes (soldado Guedes) e Dimas Mourão Araújo de Oliveira (soldado Mourão).
O terceiro integrante da patrulha, Arnaldo Costa de Aquino Júnior (soldado Júnior), conseguiu se afastar dos colegas e ligou para a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), pedindo apoio de outras viaturas.
Coronel
No mesmo dia, por volta das 19 horas, o tenente-coronel PM José Maria Barbosa Soares, comandante da Academia de Polícia Edgar Facó, saía de sua residência, situada na Cidade dos Funcionários, acompanhado dos filhos, quando foi atacado por dois bandidos. O oficial reagiu e lutou com os criminosos. Um dos filhos do oficial foi atingido com um tiro na perna e os assaltantes fugiram levando a pistola de Soares.
No fim do mês de janeiro um soldado da PM foi assassinado em Caucaia e, menos de 24 horas depois, um soldado da PM, de folga, foi rendido por um casal de assaltantes, na Favela do Papoco, no bairro Bela Vista.Segundo a Polícia, um dos acusados, uma adolescente, aparentava ter 16 anos.
Na ocasião, o jornal apurou que o militar, identificado apenas como ´soldado Genilson´, destacado na 2ª Companhia de Polícia de Guarda (2ª CPG), estaria fazendo a escolta de um vendedor de cigarros, como trabalho extra.
O vendedor e o PM haviam acabado de sair de um mercadinho, na Rua Timbaúba, na Favela do Papoco, quando foram atacados por um casal e o militar teve o revólver roubado.
Fique por dentro
Violência sem fim
Agentes públicos, autoridades, policiais, ninguém mais escapa da ousadia dos bandidos em Fortaleza. Há casos em que a violência aplicada é cruel, como no episódio que resultou na morte do policial civil José Célio Leite Lima, 43 anos. Ele foi baleado no tórax, na madrugada do dia seis deste mês, e morreu poucas horas depois, na unidade central do Instituto José Frota (IJF). Célio tinha saído de uma festa com um amigo e duas mulheres quando, no trilho da Avenida Themberg - bairro Álvaro Weyne - foi surpreendido por dois homens em uma moto. Segundo testemunhas, os motoqueiros atiraram contra o policial civil, que guiava o carro.
Célio foi levado às pressas para o hospital, onde permaneceu poucas horas com vida. O amigo de Célio, cujo nome não foi revelado pela Polícia, teria sido atingido por um tiro no braço.
NATHÁLIA LOBO / AÉCIO SANTIAGO
REPÓRTER / ESPECIAL PARA POLÍCIA
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